07/05/2025
O ratinho espiava pelo buraco da parede quando viu o fazendeiro abrir um pacote sobre a mesa. Curioso, ele esticou as orelhas e prendeu a respiração. Mas ao perceber que era uma ratoeira, seu corpo inteiro se arrepiou de medo.
Sem perder tempo, correu pelo quintal para alertar os outros animais.
— Tem uma ratoeira na casa! — gritou, aflito.
— Uma ratoeira! Uma ratoeira! — repetiu, ainda mais desesperado.
A galinha, entretida com seus afazeres, ergueu a cabeça e cacarejou:
— Isso não é problema meu, ratinho. Não tenho nada a temer.
O ratinho correu até o cordeiro, que descansava sob a sombra de uma árvore. O jovem animal apenas balançou a cabeça e respondeu:
— Sinto muito, mas não vejo como isso pode me afetar.
Sem desistir, ele procurou a vaca. Ela ruminou calmamente e respondeu com indiferença:
— Ora, ora... Uma ratoeira? Isso não me diz respeito.
O ratinho, abatido, voltou para seu buraco, sozinho e assustado.
Naquela mesma noite, o estalo da ratoeira ecoou pela casa. O fazendeiro correu para ver o que havia sido capturado — mas não era o ratinho. Uma cobra venenosa estava presa pela cauda.
No tumulto para libertá-la, a cobra conseguiu morder a esposa do fazendeiro, deixando-a gravemente doente.
Para ajudá-la a se recuperar, o fazendeiro preparou uma sopa reforçada — e sacrificou a galinha.
Mas os dias passaram, e a mulher continuava fraca. Os amigos e vizinhos começaram a chegar para visitá-la. Para alimentá-los, o fazendeiro matou o cordeiro.
Infelizmente, a mulher não resistiu.
Durante o velório, com tantas pessoas reunidas, o fazendeiro precisou sacrificar a vaca para garantir comida para todos.
No fim, todos os animais que desprezaram o problema do ratinho pagaram o preço.
Moral da história:Nunca ignore o chamado de ajuda de alguém, achando que não tem a ver com você. O problema de um hoje pode ser o problema de todos amanhã.