
14/06/2025
Ela estava se afogando.
E ninguém percebeu.
Ninguém… além dela.
Era junho de 2022. Campeonato Mundial de Budapeste.
Anita Alvarez, nadadora artística dos EUA, entregava uma apresentação perfeita.
Corpo leve, movimentos precisos, uma dança silenciosa sob a água.
Mas ao final… não voltou à superfície.
Desmaiou.
O corpo flutuou por um breve instante…
Depois começou a afundar.
Lento. Silencioso. Mortal.
Na arquibancada, o público aplaudia.
Os juízes sorriam, encantados com a performance.
Ninguém notou o desespero invisível.
Exceto uma pessoa: Andrea Fuentes.
Sua treinadora.
A única que a conhecia o bastante para sentir que algo estava errado.
Ela sabia.
Sabia que aquele atraso não era parte da coreografia.
E sem pensar. Sem hesitar.
Vestida, de tênis, ela se lançou na água.
Desceu.
Desceu fundo.
Agarrou Anita pelo corpo sem vida.
E a trouxe de volta.
Salvou-a.
Não porque era sua obrigação.
Mas porque era a única que viu o que ninguém viu:
O colapso por trás do espetáculo.
E essa história grita uma pergunta que talvez você esteja evitando:
Quem na sua vida te conhece o suficiente para perceber que você está se afundando, mesmo que continue sorrindo?
Quem largaria tudo e mergulharia no seu caos sem ser chamado?
E mais importante:
Você faria isso por alguém?
Você está tão presente na vida de quem ama…
que seria capaz de notar o exato segundo em que começam a desaparecer por dentro?
Ou será que você também está na arquibancada, aplaudindo… enquanto eles se afogam em silêncio?
Porque nesta vida, não basta estar perto.
É preciso perceber.
Sentir. Saltar.
Ser a pessoa que vê o que ninguém vê.
Porque às vezes, tudo o que salva uma vida…
é alguém que se recusa a apenas assistir.