06/08/2020
Com o início do inverno, muitos animais marinhos migram em busca de alimento em águas mais quentes. Entre eles, estão os pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), que vivem nas águas dos oceanos Atlântico e Pacífico sul, nas costas da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas/Falklands. São principalmente os juvenis que chegam no litoral do Brasil, geralmente fatigados e debilitados pela longa viagem ou mesmo trazidos por correntes oceânicas. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Essa é a espécie mais comum na costa do Brasil e não é raro avistá-la nas praias. Caso seja encontrado pela população, os procedimentos incluem improvisar uma sombra perto do pinguim, deixando um guarda-sol próximo, se possível, e logo depois manter distância a fim de não estressá-lo. “Essa medida é importante não só para o conforto do animal, mas também para sua saúde, já que, geralmente, estão desidratados quando encalham”, explica o médico veterinário Rodrigo Valle, coordenador geral do Instituto Biopesca.
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Outra ação fundamental é acionar os órgãos ambientais, a exemplo do Instituto Biopesca, o mais rapidamente possível. Rodrigo também avisa que colocar o animal no gelo ou na água é completamente errado, ao contrário do que muitas pessoas possam acreditar. “Esse procedimento pode até matar o pinguim", avisa.
Além de manter distância do animal, não colocá-lo no gelo ou na geladeira e acionar os órgãos ambientais, outros procedimentos corretos são orientar as outras pessoas a não se aproximarem e fazerem silêncio a fim de não aumentar o estresse já presente em função da longa viagem.
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Outro alerta importante: “os pescadores que capturam acidentalmente um pinguim em suas redes não devem devolvê-lo para a água”, recomenda Valle. “O indicado é que eles tragam o animal para a praia e acionem os órgãos ambientais. O Biopesca mantém canais de atendimento para o resgate desses animais”, explica.
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Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos, mas debilitados, ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 (horário comercial) ou (13) 99601-2570 (WhatsApp e chamada a cobrar).
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