20/01/2025
A Budega do Marlito, como outras que encontramos espalhadas pelo interior do Brasil, carrega em suas paredes gastas e nas prateleiras abarrotadas um pedaço vivo da história local. Ali, o tempo parece passar mais devagar, permitindo que o cotidiano seja registrado com a riqueza que só a simplicidade oferece.
Na budega, é possível encontrar de tudo: desde um pacote de biscoitos ou uma garrafa de refrigerante, até itens improváveis como velas, pregos ou aquela caderneta que salva no fim do mês. Mas o maior tesouro não está à venda: são as histórias, os risos compartilhados, os conselhos dados no balcão e a lembrança de quem já passou por ali.
Pessoas de todas as idades frequentam o espaço. Os mais velhos, para relembrar o tempo em que a budega era o ponto de encontro da juventude, e os mais novos, para descobrir o sabor das balinhas embaladas uma a uma ou simplesmente ouvir as conversas que unem passado e presente.
Ao longo dos anos, a Budega do Marlito viu Araticum mudar, mas resistiu como uma testemunha silenciosa. Ela conhece os sonhos e lutas de seus frequentadores, sabe dos aniversários, dos casamentos, das partidas e dos retornos. Seu charme está exatamente nessa autenticidade que não se fabrica. Cada visita não é apenas para comprar algo, mas para sentir-se parte de uma comunidade onde até o mais simples tem valor.
É isso que faz da Budega do Marlito um marco: muito mais que um comércio, ela é um espaço onde memórias são construídas e a vida local pulsa com força.
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