04/06/2025
Ontem nós fomos ao bar e pedimos ao para escolher um vinho e colocá-lo às cegas para a gente.
Demos um valor mínimo e máximo para ele e ele perguntou:
Vocês querem algo mais leve em teor alcoólico ou não?
Um vinho mais delicado ou com muita estrutura? Ele sabe que prefiro vinhos mais delicados.
A nossa reposta foi: escolhe o que você quiser.
😅 Nós estávamos cansados e só queríamos aproveitar um pouco o começo da noite.
O resultado: éramos 3 à mesa e todos adoraram o vinho escolhido por ele, mas os 3 estavam perdidos sobre a origem do país e uva.
Somente concordamos que era provavelmente um vinho de uma safra mais quente, como 2020 ou 2022 se fosse aqui da Europa, que era um vinho aveludado, sedutor, bem rico em boca, com um trama bem lapidada, taninos esculpidos, muito, mas muito puro e aromas bem delicados de flor glicinia e de pequenos morangos. Nas primeiras taças eu não sentia o álcool, mas depois eu percebi que era alto em álcool, mas como tudo era tão bem integrado e em equilíbrio, eu a princípio não percebi. Um perigo!
Eu achei que era um vinho da Borgonha, pinot noir, de uma apelação village de algum jovem produtor que faz uma vinificação à base de infusão. Ele me fez lembrar o estilo do Domaine Dandelion Hautes Côtes de Beaune 2018. Mas com mais delicadeza, elegância e mais puro.
Errei.
O meu amigo achou que era um vinho da Áustria. Errou.
O meu queridíssimo achou que era Itália. Errou.
No fim, era um Vin de France, aqui da Borgonha, 2022, vinificação de muita extração (passei longe), por isso ele era tão rico, e de um super domaine de uma bela reputação, o Domaine Gros Frère et Sœur, localizado em Vosne-Romanée.
Foi uma excelente surpresa! Há muito tempo eu não desfruto um vinho que me dá tanto prazer assim! E pena que a garrafa acabou e no dia seguinte tínhamos que trabalhar.